quarta-feira, 20 de maio de 2009

ESPÍRITO SANTO: PARA QUE NOSSA VIDA SEJA SEMPRE MAIS


“Quando chegou o dia de Pentecostes, eles se achavam reunidos todos juntos. De repente, veio do céu um ruído como de violento vendaval que encheu toda a casa onde eles estavam; então lhes apareceu algo como línguas de fogo, que se repartiam, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e se puseram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia exprimirem-se” (At 2,1-4).
No dia 31 de maio, a Igreja celebra o dia de Pentecostes. Na catequese, ouvimos que a Igreja nasce no dia em que o Espírito Santo de Deus é derramado sobre os discípulos e Maria. Segundo a profecia de Joel, o Espírito de Deus era promessa para o povo que sofria as agruras da exploração do Império vigente. De acordo com o profeta, temos: “ Depois disto, derramarei meu Espírito sobre toda carne. Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos anciãos terão sonhos, vossos jovens, visões. Mesmo sobre os servos e as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. Farei prodígios no céu e na terra, sangue, fogo, colunas de fumaça. O sol se transformará em trevas e a lua em sangue quando vier o dia do Senhor, grandioso e temível” (Jl 3,1-4 Bíblia TEB).
Não é consenso entre os exegetas, mas acredita-se que o texto selecionado possui um caráter apocalíptico, pois apresenta efeitos cósmicos fantásticos que somente um poder supremo como Deus seria capaz de realizar. É bem provável que essa profecia tenha sido escrita por volta do ano de 333 a.C, período em que o Império Grego insurgia-se sobre o Império Persa e, por consequência, a Judeia. Como a exploração do povo ficou mais ferrenha, a profecia de Joel provavelmente ficou gravada no coração do povo: os mais humildes esperavam que o Espírito de Deus mudasse toda a situação e desse novo vigor na caminhada do povo de Israel.
A experiência relatada pelas primeiras comunidades, no livro dos Atos dos Apóstolos, vem para confirmar a profecia de Joel: chegou o dia em que as pessoas profetizarão e proclamarão as maravilhas de Deus. De fato, não é necessário acreditar que a experiência de Pentecostes tenha sido uma experiência cósmica na qual Deus intervém com seu poder. Os versículos apresentados de Atos são carregados de um estilo literário próprio da época que procura revelar a onipotência de Deus. O maior prodígio que Deus realiza não se dá efetivamente na natureza, por meio de trovões e vendaval, mas a linguagem simbólica revela que a transformação se dá essencialmente no coração do ser humano que passa a louvar a Deus, cuja alegria não cabe em si e, sem ter palavras capazes de expressar tal sentimento, falar em outras línguas, o que hoje o movimento da Renovação Carismática chama de oração em línguas.
Note bem: não é uma alegria intimista, nem um louvor sem compromisso. O Espírito Santo na Igreja deve suscitar nos corações humanos um sentimento de partilha, de união, de fraternidade, capaz de transformar o mundo. Pentecostes deve acontecer hoje, e, como nos primeiros discípulos, deve infundir em nossos corações a coragem e a força para crescermos não só na fé, mas na ação em favor dos que mais necessitam. Afinal, a vivência com o Espírito Santo nos faz alcançar o próximo, e por consequência, o próprio Deus. Viver sem o Espírito Santo é como andar por caminhos estreitos demais, como nos diz uma antiga canção: viver sob a ação do Espírito de Deus nos faz lembrar que “Deus criou o infinito pra que a vida seja sempre mais”.

Fr. Ronaldo Neri,scj

O Senhor Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!!! E nos envia seu Espírito!!!


Queridos/as missionários/as estamos nas celebrações do Tempo Pascal, onde contemplamos o precioso amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.
A celebração da Ressurreição de Jesus é o momento forte para a renovação de nossa fé e esperança. “Uma fé que é fonte de alegria e de paz interior, uma esperança que é mais forte que as nossas desilusões, um amor que é mais forte que o nosso egoísmo”[1].
Pela fé confiamos e acreditamos na passagem da morte para a Vida acontecido em Jesus Cristo. A morte não é o último momento da vida e o túmulo não é a última morada.
Esta fé é também esperança, pois nos leva a esperar que também nós participaremos da Páscoa de Cristo e, com nossa morte, entraremos na Vida. Cristo mesmo nos diz: “Eis que vou ao Pai preparar-vos um lugar e quando os tiver preparado vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,2-3).
Ainda, como vivenciamos na Vigília Pascal, o tempo pascal é o momento propício para cada cristão renovar o seu seguimento a Jesus, reacendendo a chama de sua fé e acolhendo a memória do seu batismo, pela água da regeneração.
Após a Ressurreição, Cristo continua presente na vida do mundo. Ele nos concede o Espírito Santo, afirmando: “o Espírito da Verdade, que procede do Pai, dará testemunho de mim. E também vós dareis testemunho, porque estais comigo” (Jo 15,26-27).
Descobrimos, assim, que com o Pentecostes (cf. At 2,1-11) a primeira comunidade cristã se sente impulsionada a celebrar a sua presença do Ressuscitado ouvindo o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações (cf. Jo 2,42-43) e a testemunhá-lo por todas as partes do mundo.
Do mesmo modo, Deus nos envia seu Espírito para que, pela fé e esperança, consigamos descobrir sua presença nas pessoas, na comunidade reunida, na Palavra e na Eucaristia. E, depois de tê-lo encontrado, somos impulsionados pelo mesmo Espírito para testemunhá-lo por todos os lugares por onde andamos.
Portanto, este tempo pascal e este itinerário formativo em preparação à MDJ 2010, pede de cada missionário a sensibilidade à ação do Espírito, o encontro com o Ressuscitado que se manifesta na comunidade, nas pessoas, nos sacramentos, que se comunica conosco por meio da Bíblia. Sem essas duas atitudes, interiores e exteriores, o testemunho não será autêntico e não produzirá grandes frutos missionários.
Desejo que a beleza e a profundidade pascal, que a Igreja nos oferece para viver nestes dias, lhes ajude na renovação de sua vida e experiência de Deus, certos de que o Amor de Deus nos leva à vida em plenitude e que o Espírito Santo nos impulsiona à missão!

Fr. Diomar Romaniv, scj
[1] Carlo Maria Martini, Reencontrando a si mesmo. SP: Paulinas, 1998, p. 235.

Ascensão e Pentecostes


O lugar natural do Filho de Deus sempre foi e continua sendo o céu. Você percebe que escrevo Filho de Deus. Que diferença existe entre o nome Filho de Deus e o nome Jesus Cristo? Muita!
O nome Filho de Deus é a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Sempre existiu e sempre teve seu lugar no céu. Jesus Cristo é o nome dado ao Filho de Deus quando se fez homem como nós e entre nós. Como homem, ele começou a existir aqui na terra. Não conhecia ainda o céu. Agora, o Filho de Deus conhecido no mundo como Jesus Cristo, está no céu. É o único morador do céu que é ao mesmo tempo Deus e ao mesmo tempo homem.

O herói é o Amor
Jesus Cristo foi exaltado no céu, por causa de sua extraordinária capacidade de Amor pela humanidade (cf. At 2,33; Fl 2,9). Reflita um pouco: o Filho de Deus deixar todo o esplendor do céu e assumir nossa condição humana com todos os problemas e dificuldades, não é brincadeira! Mas o Amor era tamanho que ele viveu tudo isso e passou pela rejeição, pelo sofrimento, pela morte e finalmente pela ressurreição para a salvação de toda a humanidade. Não existe a mínima dúvida de que o retorno dele ao céu tenha sido algo de extraordinário como nem anjos nem santos nunca tiveram chance de presenciar! O herói no caso era o Amor com que Jesus Cristo enfrentou tudo na vida, na morte e na ressurreição (cf. Jo 10,15; 15,13). Capaz de amar assim só mesmo o Filho de Deus feito gente!

A comunicação do Espírito
Jesus expressou claramente a promessa de comunicar o Espírito Santo. O Espírito como dom do amor entre o Pai e o Filho. Este amor nos é comunicado (Jo 16,7; 15,26). Não é amor de segunda categoria!
Esta promessa foi realmente cumprida. Há dois episódios bíblicos sobre a comunicação do Espírito Santo: João 20,19-31 e Atos 2,1-41.
João mostra que o Espírito é o sopro, o princípio vital, o princípio donde brota a vida, como também em Gênesis 2,7.
No livro de Atos dos Apóstolos, Lucas ensina as características de como Espírito Santo age nas pessoas e nas comunidades. Por exemplo, o Espírito é como o vento que sopra e como o fogo que abrasa.

O repórter e o catequista
João e Lucas tratam do mesmo Espírito: João mostra quem é o Espírito e Lucas, como age o Espírito.
João é um repórter que conta o episódio da noite da ressurreição, quando Jesus comunica o Espírito. Lucas é o catequista criativo que compara a ação do Espírito partindo de coisas que o povo já conhece.
Qual dos dois é o mais importante? Os dois são importantes e se completam perfeitamente.

O Retiro de julho 09
No próximo retiro, em julho, iremos refletir um pouco mais profundamente. Como de costume, haverá apostila completa.

O calendário litúrgico
As duas festas que coroam o Mistério Pascal de Jesus Cristo – Ascensão e Pentecostes - são celebradas, neste ano, nos domingos: 24 e 31 de maio.

Pe. Augusto César Pereira SCJ
Dehoniano

Bem Vindos!!!

Caros jovens missionários (as) estamos num mês muito especial e repleto de atividades. Maio é o mês dos setoriais... Tempo de encontro e trabalhos a serem realizados. Neste mês, devotamos especial atenção a Maria mãe de Jesus, lembramos e fazemos homenagens às nossas queridas mães, celebraremos Pentecostes, a Solenidade que conclui o tempo da páscoa.

Nós da coordenação geral, desejamos a todos um excelente mês. Rezamos pelo sucesso dos setoriais e a todos enviamos nosso abraço. Ah! Não se esqueçam de mandar fotos dos setoriais para postarmos no site da MDJ. Um forte abraço!