quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ESCOLHA O LOGOTIPO DOS 20 ANOS DA MDJ


Aproveite esta oportunidade e faça sua parte. Colabore e vote!!!

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

O missionário é enviado no Espírito


Prezados jovens dehonianos, VCJ!
Dando continuidade às nossas reflexões em torno do Espírito Santo, retomo o que já refletimos, ou seja, quem é o Espírito e a ação dele.
Nesta reflexão, vamos considerar que o Espírito envia. Então, entramos no assunto de nosso próximo retiro.
É interessante que leiam antes ou, se desejarem, depois do tema que proponho, que no Evangelho de São Lucas, capítulo 4, 14-21.
O que me parece importante é perceberem que o Espírito Santo consagrou Jesus Cristo para a missão e, só então, o enviou. O Espírito enviou Jesus para quê? É claro que foi para ele cumprir uma missão, uma tarefa. Ninguém envia alguém para nada...
A missão de Jesus era a de comunicar a Boa Notícia. Vocês sabem, mas é bom recordar que Boa Notícia é a tradução de Evangelho para a nossa Língua Portuguesa.
Qual é o conteúdo para que a Notícia seja Boa? Ela é BOA porque comunica a libertação aos pobres, aos desamparados, excluídos... afinal, todos os necessitados da época.
A segunda informação importante é que Jesus foi enviado pelo Espírito Santo. Daí em diante, é Jesus quem envia missionários. Por quê? Porque foi Jesus que fundou a Igreja para continuar a sua missão de comunicar a Boa Notícia. Mas é claro, como vimos na reflexão anterior, que o Espírito fortifica a Igreja e a acompanha no cumprimento da missão. Os missionários enviados por Jesus para comunicar a Boa Notícia à paróquia de São Judas Tadeu, somos nós da MDJ. Este também é o motivo de nós falarmos que o tema da 3ª etapa da MDJ em São Judas Tadeu é: “Discípulos-missionários enviados no Espírito”.
Então, Jesus é enviado diretamente pelo Espírito Santo e Jesus nos envia na força do mesmo Espírito.
Recebam meu abraço e a melhor bênção,

Pe. Augusto César Pereira SCJ – Dehoniano

Testemunho do missionário jovem


Queridos missionários,
É do conhecimento de todos que nos encontramos diante de inúmeros desafios na evangelização de nossos povos. Os valores apresentados pela cultura, economia, política e outros setores da sociedade muitas vezes são contrários àqueles vividos por Jesus e anunciados pela Igreja. Sabemos que no mundo de hoje Cristo tem ficado de lado, como uma alternativa secundária e normalmente para solucionar problemas. Como diz de Anselm Grun, Deus tem se tornado uma “droga milagrosa”.
Se a missão por si só já é desafiadora, dado o contexto da realidade em que estamos inseridos, torna-se mais desafiadora quando se trata de jovens missionários. Isso porque a juventude de hoje é considerada, de maneira geral, como “perdida”, sem valores, etc.
Entretanto, sabemos que a maioria dos jovens traz bons valores, sonhos, projetos e ideais. Muitos deles também se comprometem com Cristo, seu Evangelho e projeto. Por isso, é oportuno, e missão especial de vocês missionários, que a MDJ consiga testemunhar que há jovens comprometidos com valores do bem e, ainda mais, dispostos a colaborar com o projeto de vida iniciado por Jesus.
Aliás, São Paulo quando escreveu a Timóteo deu as seguintes observações, que para nós são muito atuais: “ninguém despreze você por ser jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza” (1Tm 4,12).
Assim, querido missionário, faça com que sua presença missionária junto de tantas pessoas seja marcada por um exemplo positivo. Que você seja exemplo para as outras pessoas, especialmente para os jovens sem valores autênticos. Que as suas palavras sejam expressão de seus valores; sejam palavras profundas de significado, de esperança, de amor e não de ofensa, desprezo... Que sua conduta seja irrepreensível, isto é, não cause maus comentários nem desgosto para que te encontrar.
Que os outros percebam que você é caridoso, amoroso, com as pessoas, sensível com os sofredores, acolhedor para com todos. Que as pessoas consigam reconhecer que o que motiva sua missão e a sua vivência é a sua fé, uma fé feita também de obras e não apenas de palavras. Por isso confessa com a tua boca o que crê em teu coração (cf. Rm 10,10). Por fim, seja exemplo de pureza.
O convite não é para viver assim apenas durante os dias da missão, mas diariamente, pois sua presença e testemunho missionário acontecem em cada lugar que você freqüenta e com cada pessoa que você encontra.
Lembre-se: “ser cristão não é uma carga, mas um dom” (DAp 28). Por isso, “não descuide o dom da graça que tu tens e que te foi dada” (1Tm 4,14).

Fr. Diomar Romaniv, scj

Missionários


Artigo de Dom Orani João Tempesta - Arcebispo do Rio de Janeiro, extraído do Site da CNBB.

Iniciamos o mês Missionário com o compromisso de viver em estado permanente de missão como verdadeiros discípulos missionários, conforme nos pede o Documento de Aparecida. Trabalhar na missão continental não é um setor a mais ou uma reunião pastoral a ser cumprida com cansaço: viver a dimensão missionária permanentemente é próprio do ser cristão – faz parte de nossa essência. Não tem como ser cristão sem ser missionário.
O primeiro missionário, palavra que significa enviado, foi Jesus Cristo, o qual, na plenitude dos tempos, saindo do aconchego da Trindade Santa, onde existia no princípio junto de Deus, se fez carne e veio morar no meio de nós. Foi Ele que nos deu a conhecer a Deus, que ninguém jamais viu. Isso está claro no Prólogo do Evangelho de João: “De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. Pois a Lei foi dada por meio de Moisés, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo. Ninguém jamais viu a Deus; o Filho único, que é Deus e está na intimidade do Pai, foi quem o deu a conhecer.” (Jo 1, 16-18)
Com efeito, a missão principal de Jesus Cristo no mundo foi revelar a face bendita de seu Pai, através de sua vida, milagres e cumprimento estrito da vontade do Pai: “Eis que venho, ó meu Deus, para cumprir a vossa vontade” (Hb 10,7): “rosto divino do homem, rosto humano de Deus”. (Oração da Conferência de Aparecida elaborada pelo Papa Bento XVI)
Pois bem, Jesus, sabendo que não era deste mundo e que voltaria ao Pai, donde saíra, para dar continuidade à sua obra de sempre estar revelando aos homens a vontade de Deus, escolheu apóstolos e discípulos a quem incumbiu de dar continuidade à missão que lhe fora confiada. Após sua ressurreição, Jesus apareceu aos onze discípulos, e lhes disse: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura! Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado.” (Mc. 16, 15).
Esse mandato missionário recebeu os apóstolos, que os transmitiram aos seus sucessores e vigorará até o fim dos tempos, quando se implantar, definitivamente, o Reino dos Céus. “Embora todo discípulo de Cristo tenha a obrigação de difundir a fé conforme as suas possibilidades, Cristo Senhor chama sempre dentre os discípulos os que ele quer para estarem com ele e os envia a evangelizar os povos. (cf. Mc 3,11ss) E assim, mediante o Espírito Santo, que para utilidade comum reparte os carismas como quer (1Cor 12,11), inspira no coração de cada um a vocação missionária, e ao mesmo tempo suscita na Igreja Institutos que assumam, como tarefa própria, o dever de evangelizar, que pertence a toda a Igreja.” (cf.”Ad Gentes” Capitulo IV, 23).
O missionário, ao entrar na vida de missão pelo impulso do Espírito Santo, tem como paradigma aquele que “a si mesmo se aniquilou tomando a forma de servo” (Fl 2,7), de forma que vem para servir e não para ser servido.
Assim, o missionário não se envergonha da cruz e seguindo o Mestre, manso e humilde de coração, mostra a todos que o jugo é suave e seu fardo é leve.
Com efeito, a mensagem do Evangelho chegou até nós pelo anúncio missionário, iniciada com a pregação dos apóstolos às primeiras comunidades cristãs, e continua na Igreja através dos séculos, de pais para filhos.
Ao anunciar Jesus, os missionários se dirigem particularmente aos pobres e os declaram bem-aventurados, pois são os preferidos do Reino de Deus. Preferência, sim, mas não exclusividade, pois o Reino de Deus é de todos, sem exclusão de qualquer pessoa.
A orientação da Igreja é que os missionários devem procurar conviver com as culturas das terras de missão, sem eliminar, ignorar, nem abafar, nem silenciar essa realidade.
Veja-se a orientação da Igreja, especialmente para o Brasil: “Nossa realidade exige que a catequese leve em conta os valores oriundos da cultura e religiosidade indígena e afro-brasileira, sem ignorar ambiguidades próprias de cada cultura. (cf. 1Cor 1,21) Ela não pode eliminar, ignorar, nem abafar, nem silenciar essa realidade. É importante considerar a globalização e a unidade da cultura e religiosidade dos povos e etnias que se expressam na simbologia, mística, ritos, danças, ritmos, cores, linguagem, expressão corporal e teologia subjacente às suas práticas religiosas. Somente assim se pode fazer uma verdadeira inculturação do Evangelho e compreender melhor, mediante a convivência e o diálogo, as tradições religiosas de cada grupo como verdadeira busca do sagrado. Por isso, para uma catequese com esses povos, são necessários catequistas provindos dessas culturas. Para isso, haja cursos específicos e apropriados, em nível nacional e regional.” (cf. – Documento 84 da CNBB – Diretório Nacional de Catequese – paginas 171/172).Que este mês missionário nos encontre com os corações abertos para que em tudo seja Deus glorificado.

A Linguagem do Espírito


Caríssimos jovens dehonianos, “Vivat Cor Iesu!”
Na edição anterior, recordei com vocês quem, afinal, é o Espírito Santo. Nesta, cumpro o prometido de relembrar a maneira como o Espírito age (cf. At 2,1-13).
Neste episódio de “Atos dos Apóstolos”, Lucas apresenta vários símbolos da ação do Espírito Santo. Vou destacar alguns.
A fundação da Igreja me parece o mais importante. Este fato está simbolizado na concentração de tantas pessoas de lugares e de idiomas diferentes. Apesar de diferenças tamanhas, todos entenderam em seu próprio idioma as palavras que São Pedro discursou em aramaico. Isto representa que, na Igreja de Cristo, a comunidade de pessoas diferenciadas por raças e idiomas é unida na mesma fé que todos creem e no mesmo amor que todos praticam.
No Pentecostes, Lucas mostra que a Igreja foi fundada para a missão de unir a raça humana em torno da mesma proposta do estilo de vida do Evangelho de Cristo.
Outro símbolo importante da ação do Espírito é o da linguagem universal. Isto é, o estilo de vida da humanidade, na ação do Espírito, é um novo relacionamento, as relações de amor que orientam toda a convivência humana no Planeta Terra.
A linguagem entendida por todos significa ainda que a Palavra de Deus será falada em todos os idiomas que existiam naquela época e nos idiomas dos povos que fossem surgindo.
E mais! O amor faz muito boa figura em qualquer cultura!
De maneira que a MDJ, sendo missão e dehoniana e juvenil, está ligada à missão da Congregação e, pela Congregação, ligada à missão da Igreja. Missão recebida pela ação do Espírito.
A nossa linguagem é o nosso estilo de vida, o nosso jeito de ser, o fogo que abrasa nosso coração, a nossa doação por amor em solidariedade com a humanidade em especial com os mais pobres.
É um belíssimo programa de vida para quem está pensando no que vai ser sua vida!
“Vivat Cor Iesu!”


Pe. Augusto César Pereira SCJ
Dehoniano

Discipulado Vinculante


A Igreja nos convida no hoje da história a nos aprofundarmos no discipulado. De modo especial, o missionário dehoniano deve fazer esta adesão a Cristo Mestre, tornando-se discípulo Dele.
O seguimento de Cristo é caracterizado pela experiência numa comunidade de discípulos marcada pela amizade fraterna. A primeira comunidade foi constituída, conforme João, num profundo contato familiar e doméstico: “Mestre, onde moras? Vinde e vede! Foram, viram onde morava e permaneceram com Ele” (Jo 1,38-39).
Baseado neste texto podemos perceber elementos fundantes do discipulado vinculante.
O primeiro elemento do discipulado vinculante ontem e hoje é a capacidade de reconhecer Jesus como Mestre. Jesus chama atenção pelo seu jeito de ser e viver, pelo seu olhar de amor, pela sua acolhida para com os excluídos da sociedade da época e pelo Reino de Deus que ele anuncia. É Mestre porque é verdadeiro, não se deixa influenciar por ninguém, não olha a aparência das pessoas e ensina segundo a verdade o caminho de Deus (cf. Mc 12,14). Por isso, os primeiros discípulos “se sentiram atraídos pela sabedoria, pelas palavras de Jesus, pela bondade de seu trato e pelo poder de seus milagres”[1]. Também hoje a pessoa de Jesus, apresentada no Evangelho, deve despertar esta atração no desejo de ser conhecido e compreendido, amado e valorizado. Este deve ser um dos ideais da MDJ!
O segundo elemento é fruto deste desejo de Deus que leva a pessoa a ouvir o grande e belo convite de Jesus: “Vinde e vede”. A residência de Jesus é casa e escola de discípulos e, portanto, de comunhão. De fato, “Jesus convida a nos encontrar com ele e a que nos vinculemos estreitamente com Ele”[2]. O discípulo se torna irmão de Cristo[3], membro da família de Deus[4]. Entretanto, é Jesus quem chama aqueles que Ele quer para estar com ele (cf. Mc 3,13-15). “Desde o início, Jesus associou seus discípulos à sua vida, revelou-lhes o Mistério do Reino, deu-lhes participar de sua missão, de sua alegria e de seus sofrimentos”[5]. Os discípulos de outrora e de agora são chamados para a intimidade com Cristo, a fim de conhecê-lo, experimentar e acolher seu amor bem como para amá-lo. Por isso torna-se imprescindível ao discipulado a experiência da oração e da celebração, especialmente no período de preparação à missão.
Ao convite, chamado do Mestre, corresponde a resposta e a disponibilidade do discípulo, terceiro item do discipulado vinculante. Os primeiros discípulos foram e permaneceram com Jesus; tornaram-se amigos e irmãos dele, uniram-se à nova família de Jesus. Permanecer significa participar da vida e do projeto de Cristo, que inclui o entusiasmo pelo anúncio permanente desta experiência de intimidade com o Mestre e sua família, elementos que caracterizam o Reinado de Deus e a realização do projeto da vida em plenitude (cf. Jo 10,10). Do mesmo modo, os discípulos hodiernos se vinculam a Cristo quando respondem positivamente ao chamado e permanecem fiéis, procurando viver com alegria o testemunho de sua relação familiar com Jesus e servindo-o no rosto dos menos favorecidos da sociedade.
É preciso destacar aqui que os discípulos de Jesus nunca se tornaram nem se tornarão mestres, pois um só é o Mestre (cf. Mt 23,8); tornam-se, sim, testemunhas do Mestre, na vivência da fraternidade. A riqueza do discipulado vinculante está no fato de ser seguidor contínuo de Mestre, necessitando sempre de novo, encontrar-se com Ele (cf. Mc 6,30ss). Na decisão do seguimento de Cristo centra-se o valor da fé.
Assim, “conhecer a Jesus [como Mestre] é o melhor presente que qualquer pessoa pode receber; tê-lo encontrado [na experiência do vinde e vede] foi o melhor que ocorreu em nossas vidas; e fazê-lo conhecido com nossa palavra e obras [permanecendo com ele] é nossa alegria”[6].

Fr. Diomar Romaniv, scj


[1] DAp 21.
[2] DAp 131.
[3] Cf. CEC 654.
[4] cf. CEC 2233.
[5] CEC 787.
[6] DAp 29.

Ano Catequético


CATEQUESE: Caminho para o discipulado e a missão.
“Nosso coração arde quando Ele fala, explica as Escrituras e parte o pão.” (Lc 24,32.35)


APRESENTAÇÃO:

“Sem o impulso da catequese em todas as instâncias da ação evangelizadora, não há como formar os discípulos missionários que o mundo de hoje precisa.” (Doc. Aparecida)
Objetivo geral: impulsionar a catequese como serviço eclesial e como caminho para o discipulado.

a) dimensão da ação evangelizadora;
b) processo formativo.
Objetivos específicos:
a) Formação catequética de catequistas, etc;
b) Ministério de Catequista;
c) Sagradas Escrituras;
d) Primado da Palavra de Deus na Igreja;
e) Dimensão litúrgica (CAT);
f) Dimensão catequética nas comunidades;
g) Catequese de adultos, jovens e pessoas com deficiência;
h) Catequese como inspiração catecumenal;
i) CATEQUÉTICA nos cursos de Teologia;
j) Dimensão missionária (CAT);
k) Interação vida-fé;
l) Ecumenismo e diálogo;


ESTRUTURA:

1- Encontro: Aprender, caminhando com o Mestre.
2- Palavra: Aprender, ouvindo o Mestre.
3- Missão: Aprender, agindo com o Mestre.

I PARTE: O ENCONTRO: Aprender, caminhando com o Mestre
Jesus se aproxima e escuta (Lc 24,15-16)
CAMINHO

·História da Salvação;
·Método de comunicação;
·Jesus é o modelo de caminhante, Ele toma a iniciativa de se aproximar e se faz presença. O Mestre, porém, inova, propõe a si mesmo como Caminho Verdadeiro que conduz à Vida;
·Aponta para a comunidade, a fração do pão, a caridade, a instrução na doutrina dos apóstolos;
·Catequese é itinerário, caminhada... não somente instrução;
·DNC: reforça e amplia a catequese renovada como um itinerário para o discipulado e a missionaridade;

CAMINHO DE EMAÚS

·A iniciativa é de Jesus de caminhar com os discípulos, escutá-los e descobrir sua realidade.
·Ocasião para um encontro transformador: quando o coração arde se restabelecem as energias. Sonha-se de novo.
·Dispor-se da acolhida é um dos meios privilegiados para chegar ao coração das pessoas.

Quando a decepção e o desânimo tomam conta da pessoa, tudo fica mais difícil. É neste momento que o despertar da fé se faz necessário para restabelecer o olhar sobre a vida.

PERGUNTAS:

1- Quais os momentos que temos como Igreja ou devemos criar para possibilitar ao povo partilhar suas preocupações e, solidariamente, encontrar caminhos para superá-las?

2- Até que ponto a falta de acolhida na comunidade eclesial e o pouco investimento na vida de fé são fatores a mais para as fugas, sobretudo dos jovens e das famílias?

3- Como se dá em nossa vida o encontro com Jesus?

4- O que significa para uma pessoa não ser reconhecida, não ter seu nome valorizado? Em nossa comunidade, como as pessoas são tratadas?

EVANGELIZAR

·Não dá para educar com profundidade, pessoas que a gente não se interessa em conhecer.
·As respostas dependem de perguntas.
·A pessoa a ser evangelizada necessita de alguém que caminhe com ela, que se aproxime para conhecê-la, que se dê a conhecer, a escute e a oriente na experiência comunitária da fé.
·O discipulado como seguimento de Cristo Vivo. Ser discípulo é dom destinado a crescer. Se começa a ser cristão através do encontro com um Pessoa (Jesus), que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva.
·Um dos discípulos não tem nome – Jesus vem ao encontro não somente dos reconhecidos, mas, sobretudo, dos desconhecidos, excluídos...
·O olhar de Aparecida sobre nosso mundo.
·O olhar de Aparecida sobre a Igreja.

Fr. João Paulo Tabarelli,scj

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Boletim de Agosto



Caros Jovens Missionários Dehonianos, Agosto é um mês muito caro para nós cristãos, pois se trata do mês vocacional. Vamos com nossa prece, acompanhar a todos que procuram ao Senhor de coração sincero: pais e mães de família, leigos e leigas, padres, religiosos e religiosas.

Além disso, quero expressar, em nome da Coordenação, a nossa satisfação pela boa realização do REGIONAL. O Encontro foi nota 1000. A todos que participaram e nos ajudaram o nosso muito obrigado. Desejamos a todos um ótimo mês e sugerimos que os temas do Regional sejam retomados para o estudo nos grupos.

A respiração de Deus


Queridos jovens missionários dehonianos, Vivat Cor Iesu!

Tenho presente e muito bem guardada na minha lembrança, principalmente no ♥, a convivência fraterna do nosso recente encontro na Chácara dos Abarés.

Voltando àquela reflexão em torno do tema: “Espírito Santo, o sopro da vida”, quero hoje destacar alguns pontos que me parecem importantes para vocês conservarem para o caminho de sua vida. Talvez até para clarear alguma dúvida que tenha permanecido. Faço isto de coração, pelo bem que lhes quero.

Para responder à primeira e fundamental pergunta - “Quem é o Espírito Santo” - a Bíblia responde mostrando o símbolo do Espírito: o sopro. Sopro é ar. Ar é respiração. Respiração é vida.

O ar que garante a respiração de Deus é o Amor. O ar que é a vida de Deus é o Amor. Portanto, o Espírito Santo é o Amor de Deus.
Os dois momentos decisivos para a humanidade são obra do Espírito-sopro-ar: a criação da pessoa humana (cf. Gn 2,7) e a comunicação do Espírito Santo em clima pascal (cf. Jo 20,22).

Conforme a Bíblia, o sopro tirou o homem do barro e aconteceu a vida. O mesmo sopro tirou o homem do pecado e surgiu a vida nova da Graça.

Esse ar de Deus, esse Amor do Espírito Santo nos é conferido no Batismo. Com o dom do Espírito, recebemos todos os demais dons possíveis. Aliás, existe um só dom: o dom do Espírito. Os demais são as muitas maneiras com que o Espírito age. Não há necessidade de pedir os dons. O desafio é colocá-los em prática.

Por fim, é importante considerar que o Espírito não foi soprado por algum secretário. Foi soprado diretamente da boca de Deus na criação do homem; foi também soprado diretamente por Jesus Cristo na comunicação do Espírito.

Uma bênção cordial para vocês, em nome do Pai e do Filho e do Amor.


Pe. Augusto César Pereira SCJDehoniano

Fidelidade


Caros missionários/as

Estamos celebrando o Ano Sacerdotal com o tema: “fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”. Especialmente neste mês vocacional onde somos chamados a rezar e a refletir sobre as vocações, recordamos especialmente das vocações sacerdotais: aqueles que se preparam para o ministério sacerdotal e aqueles que já se doaram a esta missão específica na Igreja, para que vivam com fidelidade o compromisso assumido. Reze por sua vocação e pela vocação dos sacerdotes, fratres, seminaristas e missionários que fazem parte da MDJ.

O Pai escolhe, o Filho chama e o Espírito Santo envia. Este é um dos grandes logos vocacionais que relembram a fiel ação trinitária de Deus no chamado vocacional que a todos é feito! Sim, todos somos escolhidos por Deus para seguirmos o seu Filho, impulsionados pelo Espírito Santo, que nos envia.

O modelo de nossa vida vocacional é Cristo, o “servo fiel”. Cristo veio ao mundo para fazer a vontade do Pai (cf. Hb 10,7) e permenaceu firme neste propósito mesmo diante das tentações (cf. Lc 4,1-13) e dificuldades, chegando ao extremo da dificuldade que foi o caminho do calvário e a morte na cruz (cf. Jo 19). Portanto, a vida de Cristo é expressão de sua fidelidade ao Pai e ao projeto do Pai.

Assim, da vida de Jesus aprendemos o essencial da vida vocacional: a Fidelidade. A fidelidade implica confiança e exige perseverança.

Esta se torna uma virude essencial na vida dos discípulos de Jesus, ainda mais hoje, quando vivemos num tempo onde nada é para sempre, pois ninguém quer compromisso para toda a vida. Por vezes se persevera enquanto as coisas vão bem, enquanto não há dificuldades e sofrimentos. Mas quando estas coisas começam a aparecer, logo se dá um jeito de buscar outro caminho. Veja como isso acontece na vida vocacional, relacional e profissional de inúmeras pessoas: a primeira dificuldade no casamento logo é interpretada como o amor que acabou; quando trabalhar em algo já dá mais prazer, há que pensar em outra coisa para fazer; quando um amigo já não “serve”, abandona-o e busca-se outro... E assim outras tantas situações são exemplos de que a fidelidade é uma virtude do passado.

Entretanto, o cristão é chamado a inspirar-se em Cristo e deixar-se guiar pelo Espírito Santo. A fidelidade deve ser o sinal do cristão. Um vocacionado fiel é um testemunho de cristão! E especialmente, o cristão jovem. Pois aos jovens normalmente lhe são apresentados exemplos de infidelidade, muitas vezes até gritantes.

Assim, como missionário/a dehoniano/a, você é chamado/a a testemunhar a fidelidade a Cristo, aos valores do Reino, às pessoas com quem você convive. Não tenha medo de ser diferente! Seja fiel e descobrirá também a felicidade!

Por fim, terminamos com esta bela oração:


“Senhor Jesus Cristo, ajuda-nos a cultivar a sabedoria que nos vem da cruz, a qual nos fala da tua fidelidade incondicional à missão Salvadora que Deus te confiou.

Que nós aprendamos de ti o caminho da fidelidade à nossa missão, sabendo que dessa fidelidade pode depender a felicidade de milhares de irmãos nossos.
Queremos ser mediação do amor de Deus para os irmãos, Como tu foste para nós...”.

(Calmiero Matias).

Fr. Diomar Romaniv, scj

O Amor de Cristo nos impulsiona


De 18 de Maio a 11 de Junho deste ano, a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus realizou em Roma o seu 22º Capítulo Geral. O Tema foi: Caritas Christi urget nos. Este trecho de 2Cor 5,14 traduzido significa: O amor de Cristo nos impulsiona.

O Capítulo Geral é uma ocasião de fundamental importância para vida da Congregação, pois reúne Padres de todas as nossas províncias que estão espalhadas pelo mundo inteiro. De maneira muito simples, podemos dizer que o Capítulo Geral faz uma revisão da vida da Congregação e elabora metas para vivermos nosso carisma de modo atual e atento à nossa vocação. As decisões tomadas servirão de diretrizes para nossa vida nos próximos seis anos. No Capítulo, ocorre também a eleição do Governo Geral. Para os próximos seis anos, foi reeleito o Pe. José Ornelas Carvalho,scj.

O Documento Final nos diz: “Deixamo-nos ‘impulsionar pelo amor de Cristo’, para que a nossa vida fraterna seja transparência quotidiana da sua caridade, e o serviço apostólico seja manifestação encarnada d’Ele que nos prometeu: ‘Estarei convosco todos os dias’ (Mt 28,20). Ele é presença fiel a ao nosso lado, agora um pouco mais no centro da nossa vida, de modo que podemos exclamar com o apóstolo Paulo: ‘já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim’ (Gl 2,20). O amor de Cristo nos impulsiona (2cor 5,14) antes de tudo à conversão do coração, para obedecer à sua missão com maior liberdade, na serena consciência de que sem Ele nada podemos fazer.”

Fr. Sílvio José,scj

quarta-feira, 10 de junho de 2009


Caros jovens missionários (as) dehonianos, estamos vivendo um mês particularmente especial: é o mês do Coração de Jesus. No dia 19, celebraremos a grande solenidade do nosso patrono. Por isso, desejamos a você um mês de muita paz e alegria. Está se aproximando o Encontro Regional, por isso, corram e façam suas inscrições no site da missão. Temos apenas 90 vagas. Já deve ser sabido por todos que estamos fazendo uma rifa, a fim de arrecadarmos fundos para o custeio da missão. Portanto, se você ainda não recebeu nenhum talão de rifa entre em contato com seu coordenador ou membro da coordenação geral responsável pelo seu setor. Precisamos muito do apoio de todos. Ainda temos mais 7500 números para vender. Por favor, nos ajudem. Nós da coordenação geral enviamos a cada qual o nosso abraço fraterno. Paz inquieta!

O Coração solidário de Jesus - e o meu


Quando falamos de “coração” de Jesus não nos referimos ao coração de carne e músculos como o nosso e o dele também. Para nós, o coração simboliza os sentimentos da pessoa. Como quando falamos “coração de ouro” ou “coração de pedra”.
Então, o “coração” de Jesus representa os bons sentimentos da pessoa de Jesus Cristo. Entre esses bons sentimentos, tenho para mim que um deles para o homem moderno seja a solidariedade.
Aí perguntamos o que é a solidariedade. Uma pessoa solidária é a que assume a situação do irmão(ã) para, então, poder ajudá-lo(a) de acordo com a necessidade do momento. Por exemplo, chorar com o que chora, sorrir com o que sorri, sofrer o que o outro sofre, alegar-me com o sucesso alcançado pelo outro e sentir com o fracasso. O importante é mergulhar no sentimento de alguém e ajudar a partir do outro(a) não a partir do que eu acho que deva ser minha ajuda. A necessidade do outro(a) vai indicar qual e de que tipo deverá ser a minha ajuda.
Jesus foi assim. O Evangelho está repleto de episódios em que ele se condoia ao dar ajuda às pessoas. O maior gesto da solidariedade de Jesus foi o de ele, para salvar a humanidade, querer fazer-se humano. Como se ele dissesse que, de fora, não teria todas as condições de entender a situação humana. Para nos compreender por dentro, ele se fez gente como nós em tudo, menos no pecado.
No modelo de Jesus, eu creio que nós dehonianos somos os indicados para tentar uma resposta solidária com a ansiedade do homem de nosso tempo. O homem desiludido com as promessas da tecnologia em ele acreditou como capazes de torná-lo feliz; decepcionado com a falta de respostas às suas perguntas angustiadas sobre a sua origem e seu destino... o homem busca inconsciente quem seja solidário com ele. E nós, dehonianos, gente entre nossa gente, temos o coração de que o homem precisa como um órfão em busca do pai.
Para cada qual de nós se apresentar solidário(a) com algum(a) amigo(a) é importante aproximar-se despojado(a) de suas certezas e “incorporar” o momento do outro(a). Como o Coração de Jesus fez conosco.



Pe. Augusto César Pereira SCJ
Dehoniano

Pentecostes e Ano Paulino


Queridos/as missionários/as!
A pouco celebramos Pentecostes! Invocamos sobre cada um de nós os dons do Espírito Santo para redescobrir a beleza e a alegria de sermos discípulos missionários de Jesus. De fato, seguir Jesus, sob a luz do Espírito Santo e o Amor do Pai, é bom e nos faz ser feliz. Nossa experiência de Deus deve saciar nossa vida juvenil com a alegria que não passa.
A experiência que fazemos de Deus nos faz sentir que somos enviados à missão com novo ardor e entusiasmo. Isso porque “não temos outra felicidade nem outra prioridade senão a de sermos instrumentos do Espírito de Deus na Igreja, para que Jesus Cristo seja encontrado, seguido, amado, adorado, anunciado e comunicado a todos” (DAp 14). O Espírito Santo nos envia para comunicar a mensagem de vida, que gera alegria e esperança.
Quem fez esta experiência no início do cristianismo, dentre tantos, foi São Paulo. Aliás, neste mês a Igreja conclui a celebração do Ano Paulino, recordando os 2000 anos do seu nascimento. Olhando para a vida e a missão de São Paulo percebemos que, guiado pelo Espírito Santo, ele fez uma experiência profunda do Ressuscitado e difundiu a mensagem o Evangelho por todas as partes.
São Paulo é uma grande testemunha de alguém que se deixou levar pelo Espírito de Deus. Primeiro, fez uma profunda experiência de fé e conversão (cf. At 9), abrindo-se à Graça. Depois, disponibilizou sua vida para o serviço do Reino de Deus. De perseguidor tornou-se pregador e, portanto, um verdadeiro discípulo missionário do Ressuscitado. Hoje, o Espírito Santo continua sendo o Mestre que “conduz ao conhecimento da verdade total, formando discípulos e missionários. Essa é a razão pela qual os seguidores de Jesus devem deixar-se guiar constantemente pelo Espírito (cf. Gl 5,25), e tornar a paixão pelo Pai e pelo Reino sua própria paixão” (DAp 152).
Assim, inspirados pelo testemunho de Paulo, somos também chamados a fazer uma profunda experiência de fé e conversão para, depois, colocarmos nossa vida ao serviço de Deus, como testemunhas! Como Deus realizou maravilhas na vida de Paulo, também há de realizar maravilhas em nós.
No momento da conversão de Paulo, o Senhor disse a Ananias “... este homem (Paulo) é para mim um instrumento especial para levar o meu nome diante das nações pagãs...” (At 9,15). Também você, caro/a missionário/a, é um instrumento especial de Deus para levar a mensagem de fé e vida por meio da Missão Dehoniana Juvenil. Você foi escolhido por Deus, formado por Jesus e enviado pelo Espírito Santo!
Desejo que neste tempo de preparação você tenha o coração sensível e aberto ao Espírito Santo que envia à missão, redescobrindo a cada dia a beleza e a alegria que é seguir Jesus Cristo e anunciar o amor do Pai.

Fr. Diomar Romaniv, scj.

3. Do Coração de Cristo, aberto na cruz, nasce um homem de coração novo


Estamos no mês de junho! Mês em que a Igreja tradicionalmente celebrar com maior afinco a veneração ao Coração de Jesus. Um dos textos mais estudados e rezados por tantos devotos é Jo19,31-37. Os símbolos evidenciados nesse pequeno trecho são próprios do evangelho de João e querem representar o que a comunidade vivia. Vamos a eles, em pormenores.
Quebrar as pernas do condenado era um costume típico dos romanos para acelerar a morte. Ao quebrar as pernas, o condenado não podia mais fazer o movimento de “subida”, pregado na cruz, para respirar. Assim, ele morria asfixiado. Mas não quebrar as pernas de Jesus é um esforço em enquadrar a tradição profética ao messias que seria morto e nenhum de seus ossos seriam quebrados (veja Ex 12,46 e Sl 34,21). Jesus, entendido como o Cordeiro imolado, deveria ser sem defeitos, como reza a tradição judaica.
Ferir o lado. Segundo Dt 21,23, todo condenado não deveria ficar pendurado à noite. Perfurar o lado é uma garantia para a morte. Mas, é claro, a comunidade joanina escreve sobre esse gesto com um simbolismo extremamente especial: é do coração aberto de Jesus que jorram sangue e água, ou seja, vida e salvação. O sangue é sinal de vida, como em Lv 1,5 e Ex 24,8, e testemunha a realidade do sacrifício do cordeiro: o sangue, pois, é sede da vida (Lv 17,11 e Dt 12,23). Posteriormente, os padres dos primeiros séculos entenderam esse gesto como simbolismos para o sacramento da eucaristia e do batismo. O que é provavelmente certo, a comunidade joanina entendeu que de Jesus nascia uma nova vida, brotada do coração de Jesus, fonte de amor.
Ao citar trechos do Antigo Testamento, a comunidade joanina quer reforçar a ideia de Jesus como o Cordeiro da nova páscoa. Jesus, segundo a tradição da comunidade de João, morreu no momento em que no Templo se imolavam os cordeiros para a páscoa dos judeus. Para a comunidade, o verdadeiro cordeiro pascal é Jesus. A segunda citação vem de Zc 12,10 que apresenta um crucificado como centro dos olhares para a conversão.
Por fim, é preciso olhar a tradição joanina dentro de todo o contexto: o evangelho apresenta, até o capítulo 12, sete sinais que pretendem provocar uma adesão ao ensinamento de Jesus. Posteriormente, no capítulo 19, o Grande Sinal é a própria morte na cruz, na qual o Filho é glorificado. É uma grande catequese joanina que mostra o amor como centralidade de tudo. Esse Grande Sinal, como mencionado, é apresentado com um coração aberto no qual jorra sangue e água. O sangue, como sabido, representa a vida, e separado do corpo, a morte, o que pode representar que a vida não deve ser para si, mas para os outros. A morte de Jesus, portanto, é doação. O discípulo amado que vê, crê e testemunha, nada mais é do que a comunidade fiel que segue o Cristo. Em momento algum do evangelho se diz que era João. A tradição, posteriormente, atribui a João, mas é bem compreendido que o “discípulo amado” são todas as pessoas que amam a Cristo e revelam esse amor no seio da comunidade de irmãos.
Pe. Dehon compreende e vive a experiência de fé da comunidade joanina e atualiza o texto: “Do Coração de Cristo nasce um homem de coração novo”: homens e mulheres que, ao contemplar o coração aberto, aceitam a missão de testemunhar esse Amor a todas as pessoas.


Fr. Ronaldo Neri,scj

REPARAR É AMAR

O olhar de Pe. Dehon sobre a realidade de seu tempo o fez perceber que os males que afligiam e feriam a sociedade e, consequentemente, a Igreja eram causados pelo pecado: recusa do amor de Cristo. A partir dessa ótica, Pe. Dehon decide ser uma resposta ao amor recusado, tornando o lema Ir ao Povo o ideal inspirador de sua vocação, empenhou-se na obra reparadora do Sagrado Coração de Jesus em favor do ser humano.
O estilo de vida de Pe. Dehon consiste, portanto, na reparação, isto é, no reconhecimento e no acolhimento do amor de Cristo e quer restabelecer a imagem de Deus no coração humano e na sociedade, num movimento de solidariedade, libertação e promoção do ser humano. Reparar é restaurar, reconciliar, quebrar estruturas que oprimem a vida, é acender a luz da esperança que ilumina e promove a integralidade das pessoas. Uma vida reparadora só é possível pela união ao Coração de Jesus, na intimidade e no seguimento do Mestre que vai se revelando também no caminho da missão e tornando conhecido o seu projeto de amor a todos que lhe buscam.
A proposta de Pe. Dehon é um verdadeiro serviço de caridade que busca acolher os mais pobres, os necessitados de pão, o pão da partilha e do amor; que visa incluir os excluídos, devolvendo-lhes a dignidade e o respeito de ser humano. Essa proposta é convocação a todos os missionários dehonianos, que a exemplo de Pe. Dehon querem abraçá-la porque se sentem chamados e chamadas a reparar os males da sociedade de hoje: o abandono, a exclusão social, o desemprego, a marginalidade, a corrupção, a violência, a fragmentação da vida em seus diversos aspectos, a fim de incutir nesta sociedade um coração novo, restaurado pelo amor de Cristo. Assim, ser missionário é ter esta identidade acolhedora, é ser disponível para uma vida de amor e reparação, afinal fazer reparação é amar e só nesta convicção será possível construir a civilização do amor.
Fr. João Paulo Tabarelli Moreira,scj

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ESPÍRITO SANTO: PARA QUE NOSSA VIDA SEJA SEMPRE MAIS


“Quando chegou o dia de Pentecostes, eles se achavam reunidos todos juntos. De repente, veio do céu um ruído como de violento vendaval que encheu toda a casa onde eles estavam; então lhes apareceu algo como línguas de fogo, que se repartiam, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e se puseram a falar outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia exprimirem-se” (At 2,1-4).
No dia 31 de maio, a Igreja celebra o dia de Pentecostes. Na catequese, ouvimos que a Igreja nasce no dia em que o Espírito Santo de Deus é derramado sobre os discípulos e Maria. Segundo a profecia de Joel, o Espírito de Deus era promessa para o povo que sofria as agruras da exploração do Império vigente. De acordo com o profeta, temos: “ Depois disto, derramarei meu Espírito sobre toda carne. Vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos anciãos terão sonhos, vossos jovens, visões. Mesmo sobre os servos e as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. Farei prodígios no céu e na terra, sangue, fogo, colunas de fumaça. O sol se transformará em trevas e a lua em sangue quando vier o dia do Senhor, grandioso e temível” (Jl 3,1-4 Bíblia TEB).
Não é consenso entre os exegetas, mas acredita-se que o texto selecionado possui um caráter apocalíptico, pois apresenta efeitos cósmicos fantásticos que somente um poder supremo como Deus seria capaz de realizar. É bem provável que essa profecia tenha sido escrita por volta do ano de 333 a.C, período em que o Império Grego insurgia-se sobre o Império Persa e, por consequência, a Judeia. Como a exploração do povo ficou mais ferrenha, a profecia de Joel provavelmente ficou gravada no coração do povo: os mais humildes esperavam que o Espírito de Deus mudasse toda a situação e desse novo vigor na caminhada do povo de Israel.
A experiência relatada pelas primeiras comunidades, no livro dos Atos dos Apóstolos, vem para confirmar a profecia de Joel: chegou o dia em que as pessoas profetizarão e proclamarão as maravilhas de Deus. De fato, não é necessário acreditar que a experiência de Pentecostes tenha sido uma experiência cósmica na qual Deus intervém com seu poder. Os versículos apresentados de Atos são carregados de um estilo literário próprio da época que procura revelar a onipotência de Deus. O maior prodígio que Deus realiza não se dá efetivamente na natureza, por meio de trovões e vendaval, mas a linguagem simbólica revela que a transformação se dá essencialmente no coração do ser humano que passa a louvar a Deus, cuja alegria não cabe em si e, sem ter palavras capazes de expressar tal sentimento, falar em outras línguas, o que hoje o movimento da Renovação Carismática chama de oração em línguas.
Note bem: não é uma alegria intimista, nem um louvor sem compromisso. O Espírito Santo na Igreja deve suscitar nos corações humanos um sentimento de partilha, de união, de fraternidade, capaz de transformar o mundo. Pentecostes deve acontecer hoje, e, como nos primeiros discípulos, deve infundir em nossos corações a coragem e a força para crescermos não só na fé, mas na ação em favor dos que mais necessitam. Afinal, a vivência com o Espírito Santo nos faz alcançar o próximo, e por consequência, o próprio Deus. Viver sem o Espírito Santo é como andar por caminhos estreitos demais, como nos diz uma antiga canção: viver sob a ação do Espírito de Deus nos faz lembrar que “Deus criou o infinito pra que a vida seja sempre mais”.

Fr. Ronaldo Neri,scj

O Senhor Ressuscitou! Aleluia! Aleluia!!! E nos envia seu Espírito!!!


Queridos/as missionários/as estamos nas celebrações do Tempo Pascal, onde contemplamos o precioso amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.
A celebração da Ressurreição de Jesus é o momento forte para a renovação de nossa fé e esperança. “Uma fé que é fonte de alegria e de paz interior, uma esperança que é mais forte que as nossas desilusões, um amor que é mais forte que o nosso egoísmo”[1].
Pela fé confiamos e acreditamos na passagem da morte para a Vida acontecido em Jesus Cristo. A morte não é o último momento da vida e o túmulo não é a última morada.
Esta fé é também esperança, pois nos leva a esperar que também nós participaremos da Páscoa de Cristo e, com nossa morte, entraremos na Vida. Cristo mesmo nos diz: “Eis que vou ao Pai preparar-vos um lugar e quando os tiver preparado vos levarei comigo, a fim de que, onde eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,2-3).
Ainda, como vivenciamos na Vigília Pascal, o tempo pascal é o momento propício para cada cristão renovar o seu seguimento a Jesus, reacendendo a chama de sua fé e acolhendo a memória do seu batismo, pela água da regeneração.
Após a Ressurreição, Cristo continua presente na vida do mundo. Ele nos concede o Espírito Santo, afirmando: “o Espírito da Verdade, que procede do Pai, dará testemunho de mim. E também vós dareis testemunho, porque estais comigo” (Jo 15,26-27).
Descobrimos, assim, que com o Pentecostes (cf. At 2,1-11) a primeira comunidade cristã se sente impulsionada a celebrar a sua presença do Ressuscitado ouvindo o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações (cf. Jo 2,42-43) e a testemunhá-lo por todas as partes do mundo.
Do mesmo modo, Deus nos envia seu Espírito para que, pela fé e esperança, consigamos descobrir sua presença nas pessoas, na comunidade reunida, na Palavra e na Eucaristia. E, depois de tê-lo encontrado, somos impulsionados pelo mesmo Espírito para testemunhá-lo por todos os lugares por onde andamos.
Portanto, este tempo pascal e este itinerário formativo em preparação à MDJ 2010, pede de cada missionário a sensibilidade à ação do Espírito, o encontro com o Ressuscitado que se manifesta na comunidade, nas pessoas, nos sacramentos, que se comunica conosco por meio da Bíblia. Sem essas duas atitudes, interiores e exteriores, o testemunho não será autêntico e não produzirá grandes frutos missionários.
Desejo que a beleza e a profundidade pascal, que a Igreja nos oferece para viver nestes dias, lhes ajude na renovação de sua vida e experiência de Deus, certos de que o Amor de Deus nos leva à vida em plenitude e que o Espírito Santo nos impulsiona à missão!

Fr. Diomar Romaniv, scj
[1] Carlo Maria Martini, Reencontrando a si mesmo. SP: Paulinas, 1998, p. 235.

Ascensão e Pentecostes


O lugar natural do Filho de Deus sempre foi e continua sendo o céu. Você percebe que escrevo Filho de Deus. Que diferença existe entre o nome Filho de Deus e o nome Jesus Cristo? Muita!
O nome Filho de Deus é a segunda pessoa da Santíssima Trindade. Sempre existiu e sempre teve seu lugar no céu. Jesus Cristo é o nome dado ao Filho de Deus quando se fez homem como nós e entre nós. Como homem, ele começou a existir aqui na terra. Não conhecia ainda o céu. Agora, o Filho de Deus conhecido no mundo como Jesus Cristo, está no céu. É o único morador do céu que é ao mesmo tempo Deus e ao mesmo tempo homem.

O herói é o Amor
Jesus Cristo foi exaltado no céu, por causa de sua extraordinária capacidade de Amor pela humanidade (cf. At 2,33; Fl 2,9). Reflita um pouco: o Filho de Deus deixar todo o esplendor do céu e assumir nossa condição humana com todos os problemas e dificuldades, não é brincadeira! Mas o Amor era tamanho que ele viveu tudo isso e passou pela rejeição, pelo sofrimento, pela morte e finalmente pela ressurreição para a salvação de toda a humanidade. Não existe a mínima dúvida de que o retorno dele ao céu tenha sido algo de extraordinário como nem anjos nem santos nunca tiveram chance de presenciar! O herói no caso era o Amor com que Jesus Cristo enfrentou tudo na vida, na morte e na ressurreição (cf. Jo 10,15; 15,13). Capaz de amar assim só mesmo o Filho de Deus feito gente!

A comunicação do Espírito
Jesus expressou claramente a promessa de comunicar o Espírito Santo. O Espírito como dom do amor entre o Pai e o Filho. Este amor nos é comunicado (Jo 16,7; 15,26). Não é amor de segunda categoria!
Esta promessa foi realmente cumprida. Há dois episódios bíblicos sobre a comunicação do Espírito Santo: João 20,19-31 e Atos 2,1-41.
João mostra que o Espírito é o sopro, o princípio vital, o princípio donde brota a vida, como também em Gênesis 2,7.
No livro de Atos dos Apóstolos, Lucas ensina as características de como Espírito Santo age nas pessoas e nas comunidades. Por exemplo, o Espírito é como o vento que sopra e como o fogo que abrasa.

O repórter e o catequista
João e Lucas tratam do mesmo Espírito: João mostra quem é o Espírito e Lucas, como age o Espírito.
João é um repórter que conta o episódio da noite da ressurreição, quando Jesus comunica o Espírito. Lucas é o catequista criativo que compara a ação do Espírito partindo de coisas que o povo já conhece.
Qual dos dois é o mais importante? Os dois são importantes e se completam perfeitamente.

O Retiro de julho 09
No próximo retiro, em julho, iremos refletir um pouco mais profundamente. Como de costume, haverá apostila completa.

O calendário litúrgico
As duas festas que coroam o Mistério Pascal de Jesus Cristo – Ascensão e Pentecostes - são celebradas, neste ano, nos domingos: 24 e 31 de maio.

Pe. Augusto César Pereira SCJ
Dehoniano

Bem Vindos!!!

Caros jovens missionários (as) estamos num mês muito especial e repleto de atividades. Maio é o mês dos setoriais... Tempo de encontro e trabalhos a serem realizados. Neste mês, devotamos especial atenção a Maria mãe de Jesus, lembramos e fazemos homenagens às nossas queridas mães, celebraremos Pentecostes, a Solenidade que conclui o tempo da páscoa.

Nós da coordenação geral, desejamos a todos um excelente mês. Rezamos pelo sucesso dos setoriais e a todos enviamos nosso abraço. Ah! Não se esqueçam de mandar fotos dos setoriais para postarmos no site da MDJ. Um forte abraço!