terça-feira, 25 de agosto de 2009

Boletim de Agosto



Caros Jovens Missionários Dehonianos, Agosto é um mês muito caro para nós cristãos, pois se trata do mês vocacional. Vamos com nossa prece, acompanhar a todos que procuram ao Senhor de coração sincero: pais e mães de família, leigos e leigas, padres, religiosos e religiosas.

Além disso, quero expressar, em nome da Coordenação, a nossa satisfação pela boa realização do REGIONAL. O Encontro foi nota 1000. A todos que participaram e nos ajudaram o nosso muito obrigado. Desejamos a todos um ótimo mês e sugerimos que os temas do Regional sejam retomados para o estudo nos grupos.

A respiração de Deus


Queridos jovens missionários dehonianos, Vivat Cor Iesu!

Tenho presente e muito bem guardada na minha lembrança, principalmente no ♥, a convivência fraterna do nosso recente encontro na Chácara dos Abarés.

Voltando àquela reflexão em torno do tema: “Espírito Santo, o sopro da vida”, quero hoje destacar alguns pontos que me parecem importantes para vocês conservarem para o caminho de sua vida. Talvez até para clarear alguma dúvida que tenha permanecido. Faço isto de coração, pelo bem que lhes quero.

Para responder à primeira e fundamental pergunta - “Quem é o Espírito Santo” - a Bíblia responde mostrando o símbolo do Espírito: o sopro. Sopro é ar. Ar é respiração. Respiração é vida.

O ar que garante a respiração de Deus é o Amor. O ar que é a vida de Deus é o Amor. Portanto, o Espírito Santo é o Amor de Deus.
Os dois momentos decisivos para a humanidade são obra do Espírito-sopro-ar: a criação da pessoa humana (cf. Gn 2,7) e a comunicação do Espírito Santo em clima pascal (cf. Jo 20,22).

Conforme a Bíblia, o sopro tirou o homem do barro e aconteceu a vida. O mesmo sopro tirou o homem do pecado e surgiu a vida nova da Graça.

Esse ar de Deus, esse Amor do Espírito Santo nos é conferido no Batismo. Com o dom do Espírito, recebemos todos os demais dons possíveis. Aliás, existe um só dom: o dom do Espírito. Os demais são as muitas maneiras com que o Espírito age. Não há necessidade de pedir os dons. O desafio é colocá-los em prática.

Por fim, é importante considerar que o Espírito não foi soprado por algum secretário. Foi soprado diretamente da boca de Deus na criação do homem; foi também soprado diretamente por Jesus Cristo na comunicação do Espírito.

Uma bênção cordial para vocês, em nome do Pai e do Filho e do Amor.


Pe. Augusto César Pereira SCJDehoniano

Fidelidade


Caros missionários/as

Estamos celebrando o Ano Sacerdotal com o tema: “fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”. Especialmente neste mês vocacional onde somos chamados a rezar e a refletir sobre as vocações, recordamos especialmente das vocações sacerdotais: aqueles que se preparam para o ministério sacerdotal e aqueles que já se doaram a esta missão específica na Igreja, para que vivam com fidelidade o compromisso assumido. Reze por sua vocação e pela vocação dos sacerdotes, fratres, seminaristas e missionários que fazem parte da MDJ.

O Pai escolhe, o Filho chama e o Espírito Santo envia. Este é um dos grandes logos vocacionais que relembram a fiel ação trinitária de Deus no chamado vocacional que a todos é feito! Sim, todos somos escolhidos por Deus para seguirmos o seu Filho, impulsionados pelo Espírito Santo, que nos envia.

O modelo de nossa vida vocacional é Cristo, o “servo fiel”. Cristo veio ao mundo para fazer a vontade do Pai (cf. Hb 10,7) e permenaceu firme neste propósito mesmo diante das tentações (cf. Lc 4,1-13) e dificuldades, chegando ao extremo da dificuldade que foi o caminho do calvário e a morte na cruz (cf. Jo 19). Portanto, a vida de Cristo é expressão de sua fidelidade ao Pai e ao projeto do Pai.

Assim, da vida de Jesus aprendemos o essencial da vida vocacional: a Fidelidade. A fidelidade implica confiança e exige perseverança.

Esta se torna uma virude essencial na vida dos discípulos de Jesus, ainda mais hoje, quando vivemos num tempo onde nada é para sempre, pois ninguém quer compromisso para toda a vida. Por vezes se persevera enquanto as coisas vão bem, enquanto não há dificuldades e sofrimentos. Mas quando estas coisas começam a aparecer, logo se dá um jeito de buscar outro caminho. Veja como isso acontece na vida vocacional, relacional e profissional de inúmeras pessoas: a primeira dificuldade no casamento logo é interpretada como o amor que acabou; quando trabalhar em algo já dá mais prazer, há que pensar em outra coisa para fazer; quando um amigo já não “serve”, abandona-o e busca-se outro... E assim outras tantas situações são exemplos de que a fidelidade é uma virtude do passado.

Entretanto, o cristão é chamado a inspirar-se em Cristo e deixar-se guiar pelo Espírito Santo. A fidelidade deve ser o sinal do cristão. Um vocacionado fiel é um testemunho de cristão! E especialmente, o cristão jovem. Pois aos jovens normalmente lhe são apresentados exemplos de infidelidade, muitas vezes até gritantes.

Assim, como missionário/a dehoniano/a, você é chamado/a a testemunhar a fidelidade a Cristo, aos valores do Reino, às pessoas com quem você convive. Não tenha medo de ser diferente! Seja fiel e descobrirá também a felicidade!

Por fim, terminamos com esta bela oração:


“Senhor Jesus Cristo, ajuda-nos a cultivar a sabedoria que nos vem da cruz, a qual nos fala da tua fidelidade incondicional à missão Salvadora que Deus te confiou.

Que nós aprendamos de ti o caminho da fidelidade à nossa missão, sabendo que dessa fidelidade pode depender a felicidade de milhares de irmãos nossos.
Queremos ser mediação do amor de Deus para os irmãos, Como tu foste para nós...”.

(Calmiero Matias).

Fr. Diomar Romaniv, scj

O Amor de Cristo nos impulsiona


De 18 de Maio a 11 de Junho deste ano, a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus realizou em Roma o seu 22º Capítulo Geral. O Tema foi: Caritas Christi urget nos. Este trecho de 2Cor 5,14 traduzido significa: O amor de Cristo nos impulsiona.

O Capítulo Geral é uma ocasião de fundamental importância para vida da Congregação, pois reúne Padres de todas as nossas províncias que estão espalhadas pelo mundo inteiro. De maneira muito simples, podemos dizer que o Capítulo Geral faz uma revisão da vida da Congregação e elabora metas para vivermos nosso carisma de modo atual e atento à nossa vocação. As decisões tomadas servirão de diretrizes para nossa vida nos próximos seis anos. No Capítulo, ocorre também a eleição do Governo Geral. Para os próximos seis anos, foi reeleito o Pe. José Ornelas Carvalho,scj.

O Documento Final nos diz: “Deixamo-nos ‘impulsionar pelo amor de Cristo’, para que a nossa vida fraterna seja transparência quotidiana da sua caridade, e o serviço apostólico seja manifestação encarnada d’Ele que nos prometeu: ‘Estarei convosco todos os dias’ (Mt 28,20). Ele é presença fiel a ao nosso lado, agora um pouco mais no centro da nossa vida, de modo que podemos exclamar com o apóstolo Paulo: ‘já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim’ (Gl 2,20). O amor de Cristo nos impulsiona (2cor 5,14) antes de tudo à conversão do coração, para obedecer à sua missão com maior liberdade, na serena consciência de que sem Ele nada podemos fazer.”

Fr. Sílvio José,scj