quarta-feira, 10 de junho de 2009

O Coração solidário de Jesus - e o meu


Quando falamos de “coração” de Jesus não nos referimos ao coração de carne e músculos como o nosso e o dele também. Para nós, o coração simboliza os sentimentos da pessoa. Como quando falamos “coração de ouro” ou “coração de pedra”.
Então, o “coração” de Jesus representa os bons sentimentos da pessoa de Jesus Cristo. Entre esses bons sentimentos, tenho para mim que um deles para o homem moderno seja a solidariedade.
Aí perguntamos o que é a solidariedade. Uma pessoa solidária é a que assume a situação do irmão(ã) para, então, poder ajudá-lo(a) de acordo com a necessidade do momento. Por exemplo, chorar com o que chora, sorrir com o que sorri, sofrer o que o outro sofre, alegar-me com o sucesso alcançado pelo outro e sentir com o fracasso. O importante é mergulhar no sentimento de alguém e ajudar a partir do outro(a) não a partir do que eu acho que deva ser minha ajuda. A necessidade do outro(a) vai indicar qual e de que tipo deverá ser a minha ajuda.
Jesus foi assim. O Evangelho está repleto de episódios em que ele se condoia ao dar ajuda às pessoas. O maior gesto da solidariedade de Jesus foi o de ele, para salvar a humanidade, querer fazer-se humano. Como se ele dissesse que, de fora, não teria todas as condições de entender a situação humana. Para nos compreender por dentro, ele se fez gente como nós em tudo, menos no pecado.
No modelo de Jesus, eu creio que nós dehonianos somos os indicados para tentar uma resposta solidária com a ansiedade do homem de nosso tempo. O homem desiludido com as promessas da tecnologia em ele acreditou como capazes de torná-lo feliz; decepcionado com a falta de respostas às suas perguntas angustiadas sobre a sua origem e seu destino... o homem busca inconsciente quem seja solidário com ele. E nós, dehonianos, gente entre nossa gente, temos o coração de que o homem precisa como um órfão em busca do pai.
Para cada qual de nós se apresentar solidário(a) com algum(a) amigo(a) é importante aproximar-se despojado(a) de suas certezas e “incorporar” o momento do outro(a). Como o Coração de Jesus fez conosco.



Pe. Augusto César Pereira SCJ
Dehoniano

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