quarta-feira, 10 de junho de 2009

REPARAR É AMAR

O olhar de Pe. Dehon sobre a realidade de seu tempo o fez perceber que os males que afligiam e feriam a sociedade e, consequentemente, a Igreja eram causados pelo pecado: recusa do amor de Cristo. A partir dessa ótica, Pe. Dehon decide ser uma resposta ao amor recusado, tornando o lema Ir ao Povo o ideal inspirador de sua vocação, empenhou-se na obra reparadora do Sagrado Coração de Jesus em favor do ser humano.
O estilo de vida de Pe. Dehon consiste, portanto, na reparação, isto é, no reconhecimento e no acolhimento do amor de Cristo e quer restabelecer a imagem de Deus no coração humano e na sociedade, num movimento de solidariedade, libertação e promoção do ser humano. Reparar é restaurar, reconciliar, quebrar estruturas que oprimem a vida, é acender a luz da esperança que ilumina e promove a integralidade das pessoas. Uma vida reparadora só é possível pela união ao Coração de Jesus, na intimidade e no seguimento do Mestre que vai se revelando também no caminho da missão e tornando conhecido o seu projeto de amor a todos que lhe buscam.
A proposta de Pe. Dehon é um verdadeiro serviço de caridade que busca acolher os mais pobres, os necessitados de pão, o pão da partilha e do amor; que visa incluir os excluídos, devolvendo-lhes a dignidade e o respeito de ser humano. Essa proposta é convocação a todos os missionários dehonianos, que a exemplo de Pe. Dehon querem abraçá-la porque se sentem chamados e chamadas a reparar os males da sociedade de hoje: o abandono, a exclusão social, o desemprego, a marginalidade, a corrupção, a violência, a fragmentação da vida em seus diversos aspectos, a fim de incutir nesta sociedade um coração novo, restaurado pelo amor de Cristo. Assim, ser missionário é ter esta identidade acolhedora, é ser disponível para uma vida de amor e reparação, afinal fazer reparação é amar e só nesta convicção será possível construir a civilização do amor.
Fr. João Paulo Tabarelli Moreira,scj

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