sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Testemunho do missionário jovem


Queridos missionários,
É do conhecimento de todos que nos encontramos diante de inúmeros desafios na evangelização de nossos povos. Os valores apresentados pela cultura, economia, política e outros setores da sociedade muitas vezes são contrários àqueles vividos por Jesus e anunciados pela Igreja. Sabemos que no mundo de hoje Cristo tem ficado de lado, como uma alternativa secundária e normalmente para solucionar problemas. Como diz de Anselm Grun, Deus tem se tornado uma “droga milagrosa”.
Se a missão por si só já é desafiadora, dado o contexto da realidade em que estamos inseridos, torna-se mais desafiadora quando se trata de jovens missionários. Isso porque a juventude de hoje é considerada, de maneira geral, como “perdida”, sem valores, etc.
Entretanto, sabemos que a maioria dos jovens traz bons valores, sonhos, projetos e ideais. Muitos deles também se comprometem com Cristo, seu Evangelho e projeto. Por isso, é oportuno, e missão especial de vocês missionários, que a MDJ consiga testemunhar que há jovens comprometidos com valores do bem e, ainda mais, dispostos a colaborar com o projeto de vida iniciado por Jesus.
Aliás, São Paulo quando escreveu a Timóteo deu as seguintes observações, que para nós são muito atuais: “ninguém despreze você por ser jovem. Pelo contrário, serve de exemplo para os fiéis, na palavra, na conduta, na caridade, na fé, na pureza” (1Tm 4,12).
Assim, querido missionário, faça com que sua presença missionária junto de tantas pessoas seja marcada por um exemplo positivo. Que você seja exemplo para as outras pessoas, especialmente para os jovens sem valores autênticos. Que as suas palavras sejam expressão de seus valores; sejam palavras profundas de significado, de esperança, de amor e não de ofensa, desprezo... Que sua conduta seja irrepreensível, isto é, não cause maus comentários nem desgosto para que te encontrar.
Que os outros percebam que você é caridoso, amoroso, com as pessoas, sensível com os sofredores, acolhedor para com todos. Que as pessoas consigam reconhecer que o que motiva sua missão e a sua vivência é a sua fé, uma fé feita também de obras e não apenas de palavras. Por isso confessa com a tua boca o que crê em teu coração (cf. Rm 10,10). Por fim, seja exemplo de pureza.
O convite não é para viver assim apenas durante os dias da missão, mas diariamente, pois sua presença e testemunho missionário acontecem em cada lugar que você freqüenta e com cada pessoa que você encontra.
Lembre-se: “ser cristão não é uma carga, mas um dom” (DAp 28). Por isso, “não descuide o dom da graça que tu tens e que te foi dada” (1Tm 4,14).

Fr. Diomar Romaniv, scj

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